Em 40 anos, DF terá mais idosos do que crianças e jovens


De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),  o Distrito Federal é a unidade da Federação com maior expectativa de vida do País, chegando a média de 75,8 anos. 

Levando em consideração esta estimativa, a probabilidade do DF ter mais idosos do que jovens em 40 anos é real e já está sendo planejada por diversas áreas que lidam com políticas públicas, como saúde, transporte e mobilidade urbana.

Hoje, 44% de quem vive no DF tem entre 30 e 59 anos. E apenas 10,5% da população tem mais de 60 anos. Em 2060, no entanto, as duas faixas etárias vão se aproximar – o que vai exigir a formulação de novas políticas públicas.

Ainda segundo o IBGE, em 40 anos, o percentual de idosos vai chegar a quase 33% da população. Por outro lado, a quantidade de adultos entre 30 e 59 anos vai cair para 38%. Mais grave: o percentual de maiores de 60 anos vai ultrapassar o de crianças e jovens entre 0 e 19 anos (17,4%), que hoje representam 30% da população. Isso exigirá uma mudança estrutural e profunda no padrão de demanda por serviços.

De acordo com a análise da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), atualmente o DF tem 303.017 pessoas com 60 anos ou mais, e apenas um em cada cinco sexagenários ainda estão em plena atividade profissional.

A Agência Brasília divulgou final do ano passado, que o Plano Estratégico do Distrito Federal 2019/2060 (PEDF), norteador das ações do GDF para que a capital chegue ao seu centenário atendendo as demandas atuais da população – e, também, as necessidades das gerações futuras -, considera o envelhecimento da população uma grande preocupação para a atuação eficiente do Estado. Três eixos tratam de iniciativas relacionadas à pessoa idosa (saúde, desenvolvimento social e territorial) e várias ações estão previstas para serem implementadas até 2060.

Na saúde pública, está prevista a ampliação dos serviços ofertados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com a infraestrutura adequada de pessoal e equipamentos (desfibrilador, ultrassom obstétrico e eletrocardiógrafo) e uma maior cobertura da estratégia de saúde da família, Também será aumento o número de unidades e de equipes em Planaltina; Recanto das Emas; Samambaia; Vicente Pires; Águas Claras; Plano Piloto; lagos Sul e Norte; Fercal; Ceilândia; Paranoá; Jardim Mangueiral; Sobradinho; Santa Maria e Estrutural.

No eixo Desenvolvimento Social, o plano é construir e equipar seis casas dos idosos no DF para a população de baixa renda. Quanto à mobilidade, o PEDF estabelece a implementação de acessibilidade nas 24 estações de Metrô atualmente operantes – e  a implantação de oito novas estações. Para o uso de espaço e equipamentos públicos, o Plano previu a manutenção e acesso de diversos equipamentos culturais, como o Teatro Nacional, o Museu de Arte de Brasília e a revitalização da W3 Sul.

Anteriormente o Distrito Federal tinha a Secretaria do Idoso, que funcionou até 2014 e gestão passada foi transformada em uma coordenação vinculada à então Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedest). Hoje, o que existe é uma subsecretaria do idoso, vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus).

Pensando nesse cenário, Hermeto propôs o Programa Voucher Melhor Idade (PVMI), destinado ao atendimento de idosos acima de 60 anos que com algum grau de dependência e semidependentes que não tem condições de permanecer no seu domicílio e necessitam de cuidados médico-sociais.

O projeto de Lei 919/2020 é uma alternativa para familiares que precisam trabalhar, mas que não querem deixar seus idosos em um asilo ou casas de repouso.

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