Projeto financiado com emendas do deputado distrital Hermeto já atendeu mais de 500 artistas e virou política pública no DF
Criado em 2020 como resposta aos impactos da pandemia na vida dos músicos do Distrito Federal, o Estúdio Social da Candangolândia se consolidou como um dos principais pontos de apoio à cena cultural da capital. Idealizado pelo gerente de cultura da região, Marcos Júnior, e viabilizado por meio de emendas parlamentares do deputado distrital Hermeto (MDB), o espaço gratuito já atendeu mais de 500 artistas em cinco anos e virou modelo para outras cidades.
A estrutura funciona no salão comunitário da cidade e conta com equipamentos profissionais para ensaios, gravações e produção musical. De acordo com a administração regional, são realizados cerca de 120 atendimentos por mês, beneficiando tanto artistas locais quanto nomes de outras regiões do país. “O estúdio ajuda os artistas daqui e de fora, movimenta a economia e valoriza nossa cultura”, ressalta Jorge Rabelo, chefe de gabinete da Administração da Candangolândia.
O projeto nasceu em um momento crítico para o setor cultural, quando músicos estavam sem renda, vendendo instrumentos e enfrentando dificuldades emocionais. Com a alta dos preços dos estúdios comerciais na pandemia, a iniciativa pública se tornou um verdadeiro respiro para os profissionais da música. “Começamos com estrutura simples, sem acústica, e hoje temos equipamentos modernos graças às emendas do deputado Hermeto”, explica Marcos Júnior.
A relevância do projeto levou à criação da Lei nº 7.383/2024, de autoria do deputado Hermeto, que institui o Estúdio Social da Candangolândia como política pública permanente. A norma garante o funcionamento do espaço e autoriza o Executivo a expandir a ideia para outras regiões administrativas do DF. “Nosso mandato está comprometido com a cultura e com a inclusão dos artistas. O estúdio é um exemplo do que podemos fazer com políticas públicas bem aplicadas”, destaca Hermeto.
Diversos músicos reconhecidos já passaram pelo espaço, como o guitarrista Kiko Peres (Natiruts), o cantor Reinaldinho (Terra Samba) e a banda Mato Seco, além do produtor internacional Victor Rice. O estúdio também foi fundamental para artistas como Thiago Freessom, que gravou no local o jingle “Xotezin”, com grande repercussão. “Sem esse estúdio, não teria como bancar a gravação na pandemia”, diz o cantor.
As bandas brasilienses Só Pra Xamegar e Encosta Neu também utilizam o espaço para ensaios e pré-produções. “O estúdio chegou na hora certa, quando não tínhamos como trabalhar”, lembra Bruno Rios, do Só Pra Xamegar. Para Luciano Rios, da Encosta Neu, o projeto fortalece a base do setor musical: “Aqui a gente prepara o show que leva o nome do DF para todo o Brasil”.
Além dos ensaios e gravações, o Estúdio Social promove integração e intercâmbio entre artistas, além de abrir espaço para talentos em formação, como estudantes da Escola de Música de Brasília e cantoras iniciantes como Laady B. Em setembro, o local vai celebrar seus cinco anos com um festival gratuito na Praça da Bíblia, reunindo artistas que passaram pelo projeto.
O agendamento do estúdio é feito todas as sextas-feiras, diretamente na Administração Regional da Candangolândia, por telefone ou Instagram. O espaço funciona de segunda a sexta, das 10h à 0h, e aos fins de semana das 14h às 20h.
por Vanessa de Araújo