Confira os questionamentos do relator da CPI dos Atos Antidemocráticos ao ex-secretário de Segurança Pública do DF

O objetivo da oitiva é permitir que as partes esclareçam detalhes e ofereçam informações sobre as invasões ocorridas no Congresso e no STF, na próxima semana será ouvido o ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres, que segue preso

Começaram na manhã desta quinta-feira (02) as oitivas da CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa, essa é a primeira reunião oficial desta Comissão. Hoje foi ouvido o ex-secretário de Segurança Pública do DF delegado Fenando de Souza Oliveira, que estava em exercício no dia 8 de janeiro, dia da invasão ao Congresso Nacional e ao STF.

Uma oitiva é um procedimento usado para coletar provas para resolver uma questão ou caso. Ela é realizada por profissionais qualificados, como advogados, juízes, policiais ou investigadores. Durante a oitiva, as partes envolvidas são interrogadas e os depoimentos são gravados para fins de registro. O objetivo da oitiva é permitir que as partes esclareçam detalhes e ofereçam informações sobre um assunto.

O ex-secretário foi nomeado no dia 3 de janeiro e entrou em exercício no dia 4 e afirma que não sabia de nenhum desses “procedimentos investigatórios” sobre possíveis invasões. Ainda de acordo com o ex-secretário, apenas um dia antes das invasões que foi assinado o Protocolo de Ações Integradas (PAI) N°0223, feito pela Secretaria de Segurança Pública para grandes eventos.

O relator da CPI, deputado distrital Hermeto (MDB) perguntou a Fernando qual era sua relação com Anderson Torres e porque ele havia sido nomeado, a resposta foi que não há nenhuma proximidade entre eles, e que Fernando tinha sido nomeado por sua experiência em operações, tendo tido contato com Anderson poucas vezes.

Hermeto é policial militar, ficou na ativa por mais de 30 anos e participou de diversas manifestações e operações e afirma que a Polícia Militar tem um elevado grau de responsabilidade e questionou o ex-secretário, que por vezes citou o Departamento de Operacional da Policia Militar (DOP), encarregado de fazer todo o planejamento de emprego de tropa. De acordo com o ex-secretário, o planejamento contava com a manutenção de tropas aquarteladas e é trabalho do DOP a organização dessas tropas, à época o departamento era comandado pelo coronel Jorge Naime, que também irá depor nos próximos dias.

O relator também questionou Fernando sobre a atuação do Comandante Geral da PM Coronel Fábio. “O comandante Fábio estava lá, trabalhando, foi agredido, permaneceu até o final, inclusive na desocupação do QG”, respondeu o ex-secretário.

Na reunião da CPI da próxima quinta-feira (09), serão ouvidos os depoimentos do ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres e Marília Ferreira Alencar e a ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

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