Projeto de Lei garante a realização do exame que detecta trombofilia em mulheres do DF

De autoria do deputado Hermeto o projeto visa garantir prevenção adequada a mulheres em idade fértil

A Trombofilia é tratada como uma tendência ao chamado “sangue grosso”, que, na prática, contribui para o entupimento de veias. Para as grávidas, a trombofilia é perigosa, como o sangue fica mais espesso, pode haver entupimento tanto das veias da mãe como obstrução da circulação do sangue que vai para a placenta. Se metade das veias da placenta entopem, ela começa a se descolar antes da hora – esse é um dos principais riscos para grávida com trombofilia. Isso aumenta o risco de abortos de repetição, assim como de parto prematuro, além de causar sérias complicações na saúde da mãe.

O diagnóstico sobre a trombofilia hereditária ou adquirida é de caráter de urgência para a proteção à vida das mulheres em idade fértil (10 a 49 anos faixa etária – Organização Mundial de Saúde, referência: “Estudo da Mortalidade de Mulheres de 10 a 49 anos, com ênfase na Mortalidade Materna – Relatório Final”, Ministério da Saúde), pois muitas mulheres somente são diagnósticas após terem vários abortos consecutivos, devido ser um problema silencioso, onde não há dor e não há sinais de possuir a doença. A realização do exame é importante, pois permitirá às mulheres predispostas ao surgimento de trombose – Trombofilia buscar métodos contraceptivos alternativos e fazer o uso de anticoagulantes.

Pensando na prevenção e no tratamento desta condição que afeta milhares mulheres no Distrito Federal, o deputado distrital Hermeto (MDB) criou o Projeto de Lei n°1395/2020 que “Institui a realização do exame que detecta a trombofilia, à toda mulher em idade fértil e dá outras providências.”

O projeto assegura à todas as mulheres entre 10 a 49 anos de idade, a realização dos exames que detectam a trombofilia e que constam na tabela de Procedimentos do SUS, em todos os estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, credenciados ao Sistema Único de Saúde – SUS – mediante guia de solicitação médica.

De acordo com o autor do Projeto, está prevista a realização de uma detalhada anamnese, que é uma entrevista realizada pelo profissional de saúde ao seu doente, que tem a intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico de uma doença, logo na primeira consulta com o obstetra ou ginecologista, permitindo ao profissional conhecer o histórico familiar da paciente, principalmente com relação aos parentes de primeiro grau com diagnóstico de trombose ou gravidez com complicações e outros fatores hereditários.

“Buscamos com este projeto oferecer opções de tratamento preventivo para as mulheres. Com a consulta inicial será possível verificar se há a necessidade de realização de exames ou não. Queremos também garantir campanhas de conscientização, todas as mulheres têm o direito de se prevenir!”  Afirmou Hermeto.

Para que todos fiquem cientes do direito à realização do exame, os estabelecimentos de saúde deverão fixar cartazes em local visível a toda população.

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